Compartilhando o significado de ter um carro antigo... ou mais de um!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Uns andando, outros consertando.

Depois de quase um mês sem sair da garagem, o Toninho finalmente foi passear, desta vez em Santos. Cada vez que ele segue um percurso longo, melhor ele fica. Parece um cavalo que sai do haras para cavalgar livre e longamente, até depois voltar para a sua cocheira onde descansará e será alimentado e depois, numa próxima oportunidade, galopar feliz. Muito bom!

Já a Manuela por sua vez seguiu um trajeto mais curto, porém extremamente importante - o da "cirurgia plástica", mas sem massa plástica. Ela vai fica na "clínica" por 3 (longos) meses, até que se conclua a troca de todas as partes podres do assoalho, se conserte o que precisa e que receba uma boa camada de tinta para melhorar sua apar
ência e condição, para que ela volte para o nosso convívio até o dia 24 de Dezembro de 2011. Aguardaremos ansiosos, e quinzenalmente teremos fotos das fases deste processo.

E enquanto a Manuela está lá no funileiro, Don (Malibu) ocupa a vaga dela, para que seja possível fazer uma coisinha ou outra enquanto a bomba de óleo nova não chega. E como tem coisinhas para montar nesse carro... falando em vagas, fui tentar a "proeza" de estacioná-lo na vaga do prédio. Deu, mas com muita manobra e paciência, além da garagem vazia - e portanto, essa vaga ele não vai usar. O bicho é grande, mas ainda assim menor que uma S-10 cabine dupla, L200 ou Hilux, mas mesmo assim há quem tenha essas pick-ups monstro aqui no prédio (e para não carregar NADA!) Ah, seres humanos...

Wenceslau continua feliz e faceiro, dando alegrias e me transportando, até que a Manuela volte da funilaria e pintura para que chegue enfim a vez dele de voltar à cor original.
O Valdyr (o Puma GTB, ainda
lembram dele?) continua tomando poeira e esperando a boa vontade do &¨*+_*&%%$$@#!@&?%* do eletricista. Até os parafusos de roda, que levaam um mês na Receita Federal já chegaram. Ô saco!!!

Por fim, o Irineu (novo nome do Gordini, obrigado àqueles que sugeriram!) está no mecânico, fazendo a recuperação das rodas. As fotos mostram ele sem as rodas, mas já dá para ter uma noção do que está a caminho. Depois eu escrevo mais sobre a escolha do nome do Irineu e sobre ele em si.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Um nome com a letra "I"

Pois para começar este post mando os parabéns ao trio Rosana-Odair-Felipe que ficaram caçando na internet as fotos de carros até chegarem num consenso, e ao Walter que mandou bem logo de primeira. O novo membro da "casa" é um Gordini 1963! De "40 HP de emoção" a "Leite Glória" (pela fama de "desmancha sem bater"), tenho o prazer de informar que agora tenho um carrinho desses para chamar de "nosso" - pois mesmo que a Adriana negue, o Gordini também é de uso para ela (calma, Driquinha; nós conversamos melhor).


Ele ainda não tem nome, e por isso peço a ajuda de vocês, leitores. Que nome com a letra "I" (que é a primeira letra da placa do carro) dar para ele? As opções que imaginei são as seguintes: a) Ignácio b) Izidoro c) Irineu d) Ivo e) qualquer outro com a letra "I" (favor sugerir) Para facilitar um pouco a escolha do nome e contar um pouquinho sobre o "I_______", ele nasceu aqui em São Bernardo do Campo na linha de montagem da Willys Overland do Brasil (hoje fábrica da Ford em que são produzidos o Ka, Courier e os caminhões) mas viveu praticamente a vida toda entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, há pouco vindo parar de volta em sua terra natal. Estou com poucas fotos dele, mas posso dizer que além de ter feito uma longa jornada para cá e há pouco tempo (pouco mesmo) ter passado a fazer parte do "acervo" (?), os freios já foram revisados, os pneus serão trocados e depois teremos alinhamento e balanceamento para que possamos pelo menos dar algum passeio em segurança com ele. Ainda tem várias coisinhas a serem feitas, mas vamos com calma. Afinal, tem outros na fila e ele acabou de chegar, não é? Enquanto histórias mais detalhadas não vem, vejam esta bela foto dele num igualmente belo cair de tarde.

domingo, 18 de setembro de 2011

Tem criança "nova" na área...

Este é rapidinho mesmo, só para dizer que tem "criança nova" no pedaço. Aliás, de novo não tem nada, já que é 1963. Depois eu escrevo mais sobre ele, mas a foto dá uma dica - já descobriu quem é? Mais uma dica: ele é fabricado no Brasil, aqui mesmo em São Bernardo do Campo. Para aqueles que eu já falei, por favor não "soprem"!

Don is back! Well, not really...

Pois finalmente, depois de mexer daqui e dali, Don finalmente decidou que era hora de mostrar um pouco de serviço e finalmente parar de andar de guincho. Por si só isso já é uma grande alegria, e quando lembro que a última vez em que andei (quase que) decentemente com ele fazia mais de 6 anos, o momento fica ainda mais bonito. Dirigí-lo, pisar no acelerador e perceber a resposta rápida do motor e a elasticidade da transmissão, além da própria diferenciação do carro em relação aos demais na rua, deixam a experiência extremamente bacana.


A sensação de estar com ele é tão legal que se esquece dos ajustes que ele requer, do freio que está puxando para o lado, da direção desalinhada, do vento quente que entra no carro e dos 15 Kg de pó e sujeira que estão sobre a pintura, e só se foca no prazer gerado. Tem coisas para fazer? Sim, um monte de pequenos detalhes - ligar o limpador de parabrisas, fixar o painel de instrumentos, montar coisas aqui e acolá, trocar rolamento do diferencial e os amortecedores traseiros (e eliminar o barulho da suspensão traseira), alinhar... mas mesmo assim a experiência vale, e muito. Essa foto ao lado, no estacionamento do trabalho, ilustra bem como o Don se destaca na multidão (e no famoso mar de carros preto-prata-cinza que inundam o trânsito).

A única visita inesperada foi esta luzinha acesa no painel, acompanhada de uma constante batida de tuchos que fazer o motor parecer um relógio sem lubrificação. É, a luz de óleo acendeu e portanto em muitíssimo breve o motor do Don vai ter que sair do carro para um serviço relativamente rápido - depende da chegada da bomba de óleo vinda dos Isteitis, junto com um jogo completo de juntas para reaperto de todo o motor. O Henrique (mecânico e camarada) instalou o cabo do kick-down (que reduz a marcha ao acelerar fundo) e o filtro de ar, e o carro já está bem mais ligeiro, e quando voltar lá, além do serviço do motor, será feito o conserto do radiador e a troca do rolamento do diferencial, para que ele pare de cantar como uma desafinada cantora de fado que perdeu emprego. Enquanto essas peças não chegam, segue a montagem de algumas coisas que faltam e começo a pensar num jeito de instalar um rádio legal sem estragar nada do carro, pois não sei se o rádio original dele está funcionando, e mesmo que funcione ficar só ouvindo AM é triste! Aproveito e compartilho com vocês uma foto tirada ontem na garagem, com o Don e o Toninho juntos, num estilo meio "Starsky & Hutch".

Os futuros carros antigos cobiçados

Dias atrás fui ao Conjunto Anchieta aqui em SBC, onde ficam algumas lojas de eletrônica e que fica ao lado da rodoviária da cidade. Ao parar no estacionamento, me deparei com um belo Kadett GSi, aparentemente 94 pela cor e encostos de cabeça vazados. O carro estava ótimo, apenas empoeirado pois alguém deve guardá-lo lá como mensalista e só de vez em quando o utiliza. Fiquei lá admirando um pouco o carro, constatando a beleza e a conservação dele, e lembrando de quando o Kadett foi lançado pela GM em 1989, tendo o Kadett GS como vedete e objeto de desejo da molecada da época... assim como foram Gol GT, Monza S/R, Escort XR3, Uno 1.5R e Passat Pointer, para ficar nos anos 80 e início de 90. Mais tarde, já no supermercado, vi um Escort XR3 amarelo (o famoso X-egg 3) com teto solar e bem inteiro, estacionado lá esbanjando estilo para quem passasse por lá.

Um amigo meu comprou uma verdadeira mosca branca dos olhos azuis - um Monza S/R 1989, o último ano "de fato" deste carro e que tem várias particularidades. Uma delas é que o carro é metade venezuelano, com direito a adesivo "Fabricado por GM de Venezuela S.A. de C.V", e com isso várias coisas acabam sendo igualmente especiais e diferenciadas sobre estes Monzas S/R, e porque não sobre este carro em particular. Aliás, este S/R (chamado de "Hugo" por razões quase óbvias) está passando por uma lenta mas detalhada restauração, e daqui há algum tempo vai enfeitar as ruas da Grande SP com seu charme oitentista. E, seria muito difícil falar em carros dos anos 80 sem mencionar o Klaus. Para quem não se lembra dele, é o Opala 89 que vendi há alguns meses e está cada dia mais bonito com as restaurações e melhorias que estão sendo feitas pelo novo (e feliz) proprietário.
Com tudo isso fica fácil pensar que daqui há 10 anos esses carros vão chamar muita atenção, frequentarão os encontros de carros antigos e irão valer um bom dinheiro - aliás, hoje já está caro comprar um Gol GT/GTS (ou GTI está extremamente valorizado), assim como um Passat Pointer 85 a 89 Também acredito que os Opala mas principalmente Maverick e Dodge que estão para a hora da morte de tão caros passem a se desvalorizar, tal qual ocorreu comos Aero Willys, Chevrolet 50 a 54, Gordini e DKW - lembro que nos anúncios das revistas dos anos 80 e início de 90, estes carros tinham preços altíssimos e hoje - salvo Gordini e Simca - já estão com preços em média dentro de valores mais razoáveis.

Curiosamente, estes mesmos esportivos nacionais hojem tem o estigma de "carro de mano" e muitos ainda torcem o nariz ao ver um Apollo bem conservado, um Del Rey brilhando como novo (normalmente pilotado por um septagenário orgulhoso por tê-lo comprado OKm na concessionária) ou um Kadett GS e soltam um "isso é só mais um carro velho" sem nem mesmo dar uma chance para que o "sobrevivente" possa mostrar o quanto pode ser útil e divertido no meio deste mar de carros moderninhos 1.0 preto-prata-cinza. O CONTROLAR ainda é um enorme ameaça que pode tirar de circularção muitos carros bacanas pois os critérios de aceitação são ridículos por si só e ainda por cima as equi alpes não possuem um critério de avaliação padrão nem os equipamentos são devidamente limpos e ajustados periodicamente, o que acaba por condenar diversos carros bons - teoricamente "em nome no meio ambiente", mas na prática para enriquecer os cofrinhos da concessionária que faz a medição e também do poder público (nota: faça as contas sobre o quanto custa manter o mesmo carro por 20 anos - incluindo o consumo de combustível a mais que os mais modernos - em relação à troca de carro a cada 3 anos por um equivalente e de menor consumo; faça as contas ainda quanto custa a energia empregada para construir um novo veículo ao invés da manutenção do mesmo carro anos a fio). Também tem a "moda" das SUVs, verdadeiras aberrações de estilo, uso de energia, dinâmica de uso e praticidade (o povo adora a sensação de "ficar mais alto" e da pseudo-maior altura em relação ao solo, sem saber que a altura do assoalho é a mesma), e que aceleram a troca a cada 2 ou 3 anos, e consomem (e poluem) tanto quanto um Santana 2.0 bem regulado.

Felizmente isso já começa a mudar e muitos já dão mais atenção, mesmo que ainda de forma tímida, a carros que por anos foram negligenciados e já se vê nos finais de semana alguns encontros de amigos com Escorts, ou Unos conservadíssimos ou restaurados, e algumas pessoas que já os utilizam de forma digna para uso diário ou como carro de rodízio. Quer mais um argumento, para convencer aquele amigo super-fashion que gosta de tudo que vem do exterior? A moda agora é ter carros dos anos 70, 80 e início de 90! Duvida? Veja então na internet o que as revistas europeias mostram como os novos carros da moda. Então, se você tem algum parente ou conhecido que tem aquele Voyage GL que era do avô encostado na garagem, e que está pensando em vendê-lo, das suas a uma: convença-o a ficar com o "Clássico do Futuro" mostrando que eles tem estilo e praticidade ao mesmo tempo - e dessa forma, ver que isso é muito legal; ou então, faça uma oferta e compre o carrinho, e divirta-se - se a garagem for menor que a vontade, aguente um tempinho, encha o saco dos amigos/parentes por um espaço para guardá-lo até que descubra um novo dono com vontade de preservá-lo como merece. E corra antes que todo o mundo descubra!