Compartilhando o significado de ter um carro antigo... ou mais de um!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Wanda, uma Caravan 76 especial.

Atendendo a pedidos, eis as fotos de Wanda, a Caravan 76 que se juntou à família. A primeira vista, uma Caravan 76 4 cilindros bege, comum e encontrada aos montes por aí. Mas ela tem muita coisa especial - algumas eu descrevo nas fotos, e outras descrevo aqui mesmo. 
A primeira delas: a história dela. Ela pertenceu ao Departamento de Marketing da GM até meados dos anos 80, quando foi comprada pela pessoa que a utilizava regularmente. E como era um carro do departamento "cartão de visitas" da fábrica, ela foi tratada por muito tempo a pão de ló, e recebeu praticamente todos os opcionais que uma Caravan std poderia receber, entre eles farois de milha, farois de neblina, garras nos parachoques entre outros. Após comprada, ela ficou com o antigo dono até o falecimento dele, e a viúva ficou com o carro, mas sem tempo nem paciência de cuidar dela. E com isso, ela foi se deteriorando, tendo peças roubadas (como os farois de milha e os de neblina) e posteriormente vendida a um rapazinho que fez alguns reparos com poucos recursos, até que num curto espaço de tempo foi passada a um amigo meu (o Jack) e depois de algumas conversas, a Wanda se mudou para cá, acompanhada do manual do proprietário dela, comprovando a origem ilustre. 
Tem muita coisa a ser feita, só para variar - pintura, funilaria, suspensão, pneus entre outras coisas... mas veja nas legendas das fotos, a descrição de outras coisas especiais dela, que me motivam a deixá-la 99% original (e com placa preta) futuramente:

Ela tem o raro bagageiro de teto original GM, que saiu em pouquíssimas Caravan. Infelizmente, faltam 3 das 6 barras de alumínio que são montadas no próprio teto. Vejam abaixo as fotos de época de duas Caravan (só que 75) - uma do catálogo da GM e outra do teste da Quatro Rodas.
Caravan 75, com bagageiro de teto original GM. Foto de catálogo.
Caravan 75 em teste pela revista Quatro rodas, com pneus faixa branca e bagageiro de teto.
Wanda na garagem, quietinha e discreta, com cara de quem já foi rainha mas também passou por maus bocados.
Forração de porta precisando de um remendo na área da manivela do vidro. O bacana é que não foi cortada para receber um alto falante.
No interior dela, as surpresas: 4 cilindros AUTOMÁTICA NA COLUNA (raro como mosca de olhos azuis), ar quente e rádio AM/FM ORIGINAL CHEVROLET (outra coisa rara). A almofada do painel está intacta e os instrumentos também muito bons, parecendo quase novos. Como alguém que gosta tanto de carros antigos não iria se encantar?
Banco dianteiro gasto no lado do motorista, mas só. Nada que uma tapeçaria bem feitinha e rápida não resolvam facilmente este problema. O lado do passageiro e o banco traseiro estão excelentes!
Aqui está ela, no dia quem a vi pela primeira vez.
Mesmo tendo a certeza que haverão algumas dores de cabeça no futuro, este é um projeto que me empolga. Trabalho mesmo só vai começar ano que vem, depois que terminar o Irineu (salvo se eu for um dos felizardos a receberem um prêmio polpudo da Mega-Sena). E enquanto isso, vou dando umas voltas com ela e juntando peças para a futura restauração. E que seja bem vinda à família, Wanda!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

1800 Km no Opala 74

1800 Km. Ou melhor, 1797 Km. Num Opala 74, 4 cilindros e 3 marchas. Sem ar condicionado, nem air bag, nem freios ABS. Pois viajamos de São Bernardo do Campo a Florianópolis - parando em Curitiba - e voltamos sãos, salvos e com boas histórias para contar. O único defeito que deu foi uma rosca espanada no alternador (acreditem, um alternador NOVO, com menos de 5 anos), que o deixou frouxo e fez a correia ficar solta, interferindo na refrigeração e carga da bateria. Problema temporariamente resolvido com 1.5m de fio amarrado em volta do alternador, prendendo-o esticado ao paralama, seguimos pelos 300Km finais que nos separavam de onde paramos até em casa. O Toninho se mostrou mais uma vez um excelente companheiro de viagem, sendo confortável, econômico (média de 9.5 Km/l na viagem, com velocidade média de 110 Km/h na estrada) e lógico, chamando a atenção em todo o lugar por onde passou.  Um carro de 39 anos (e de projeto de 46 anos) tem suas limitações, como o nível de ruído acima dos 100 Km/h (barulho de motor), e a vibração do motor, que já era criticada pelas revistas especializadas na época. Enfim, foi mais uma ótima viagem, a ser repetida em breve. Afinal, a última vez que ele viu Floripa foi em 2009... Se você nunca foi para Florianópolis, vá pois é um lugar lindo e que nenhuma descrição vai fazer jus à beleza de lá. E se puder ir com um carro antigo, sua viagem vai ser ainda mais legal.
Abaixo, algumas fotos da viagem - divirtam-se!

Odômetro indicando kilometragem quando saímos daqui.
Antes da viagem, troca de óleo, filtro de óleo e de fluido do radiador.
Parada para foto, logo após passar a divisa entre os estados de São Paulo e Paraná.
Em Colombo - PR. Parada para deixar peças do Irineu (Gordini) para cromeação.
Em Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis.
Na Lagoa da Conceição, em Florianópolis.
Kilometragem ao parar na garagem do prédio, na volta de viagem.
Estacionado na garagem de casa, no fim da viagem. Sãos e salvos!
Agradeço muito a companhia da Adriana nesta viagem (uma super companheira em tudo, inclusive de viagem), e ao Toninho por ser um colega tão fiel e confiável em mais esta jornada.

domingo, 9 de junho de 2013

Tinha uma pedra alada no caminho.

O que sobrou do parabrisas, visto pelo lado de fora.
Enquanto voltava pela Via Anchieta do Riacho Grande, aqui em São Bernardo do Campo, o parabrisas da Wanda recebeu o encontro nada agradável de uma pedra de 5 cm x 5 cm, o que acabou por estilhaçar o vidro da valente Caravan. Isso ocorreu às 19:15 da noite, um pouco antes da fábrica da Volkswagen (sentido Santos-SP), e tal pedra foi lançada - acredito - por algum moleque com intenção de assaltar o primeiro que parasse para ver o estrago com o vidro. Logicamente segui viagem até um local seguro e guardei-a para buscar um vidro novo. Nem eu nem meu amigo Henrique, que estava como passageiro, nos ferimos, e ficou nesta um prejuízo de R$280.00 por um parabrisas novo,além do susto. Quando ela for para a funilaria e pintura, o parabrisas nela instalado será substituído por um original GM (valeu, Davi!).

No mais, a Caravan tem se comportado bem, dentro do que se espera de um carro relativamente judiado pelo tempo mas usado com certa parcimônia. Ela já ganhou um par de paralamas (obrigado, Jack!) e de farois de neblina (valeu, Reginaldo!), que serão usados quando chegar a vez dela na funilaria e pintura, e também chegaram um jogo de calotas e duas rodas originais, compradas recentemente. A suspensão dela vai precisar de uma revisão completa com troca de todas as buchas, amortecedores e talvez alguns pivôs, e o motor vai precisar de uma regulagem de válvulas, coisa simples e rápida de ser feita, quando ela for para o serviço de suspensão. A caixa de direção está com muita folga, mas infelizmente não há muito o que ser feito quanto a isso, a não ser dar uma regulada até um dia, quem sabe, encontrar uma caixa de direção melhor. E assim que completar o jogo de rodas, virão pneus novos - como são todas coisas simples, mas caras, ela vai ficar quietinha

Enfim, fica a dica para todos os que trafegam por estradas à noite, já que esta modalidade de crime parece ter voltado à moda. Se isso acontecer com vocês, SIGAM EM FRENTE até encontrarem um local seguro para parar o carro. Infelizmente, não importa com qual carro você está, qualquer um pode estar sujeito a este tipo de evento. 

A pedra voadora.
O meu campo de visão, após o encontro da pedra que voa com o parabrisas.