Compartilhando o significado de ter um carro antigo... ou mais de um!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

As cachaças que eu tomo...

Normalmente quando se tem um carro antigo, ouve-se com frequência perguntas sobre o ano, qual o motor ("é 'V4' ou 'V6'? Nossa, é V8!!), comentários diversos sobre histórias de família ("meu pai - ou tio, primo etc - tinha um, era legal, viajávamos até não-se-onde com ele..."), e na sua maioria esmagadora são todos de natureza positiva, alegre e até útil, quando se trata de dicas que as pessoas que viram esses carros saírem 0Km das concessionárias, oferecem sobre manutenção, peças equivalentes ou tipos de problemas frequentes. O único que enche o saco de verdade é o daquelas pessoas que acham que carro antigo é coisa de milionário excêntrico. Esses dias ouvi um desses, de forma extremamente maldosa disfarçada como se fosse uma "brincadeira leve", em que o indivíduo disse que "quando uma pessoa coleciona algo é selo, chaveiro, moeda... e o Luciano coleciona carro antigo!". Típica frase de pessoa frustrada com a vida, que só consegue ter brilho apagando a estrela dos outros, mas que infelizmente se dissemina e outros acabam achando que, de fato, é caro ter um carro antigo. Como diz o ditado, só veem as cachaças que tomo, e não os tombos que eu levo...
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Peguemos por exemplo este Opala da foto. Está anunciado no Mercado Livre por R$15.000, que é preço de um carro 1.0 usado com 5 anos de uso. Este veterano de 1972, que foi caracterizado como um modelo SS está aparentemente bem montado, com rodas do modelo certo, pintura boa etc e oferece, além da confiável combinação mecânica "motor 4 cilindros com câmbio 4 marchas", um estilo ímpar e marcante, se assim você o quiser.

Você não paga IPVA, nem seguro (ou faça só para danos a terceiros, que é mais barato), as peças são baratas e o serviço não tem segredo - nessas, vc economiza por volta de R$1500 por ano em relação ao custo de um "Econobox 1.0" usado que, pela idade vai ter que trocar um monte de coisas também... Achou caro? Veja o preço dos Fusca, ou então comece pelos carros dos anos 80 (veja meu post "os futuros carros antigos cobiçados"), que tem muito carro legal por aí, por preços ainda bem acessíveis, além de serem bem "usáveis" por terem muitas vezes direção hidráulica e até mesmo ar condicionado, se vc tiver paciência de encontrar um modelo com esta opção.

Tenho diversos amigos que, seja por opção como por falta de opção, adotaram um carro antigo como veículo de uso diário e são bastante felizes - aliás, este foi o destino do Pereira, lembram?
Também acho ter mais que dois carros antigos um ato de insanidade mental, por isso não recomendo que façam como eu... mas que se pense com carinho quado se afirma que este é "hobby de rico". E, se alguém decide ter um ou dois carros antigos ao invés de um Camaro 2010, ele tem seus motivos - financeiros ou não; portanto, ao invés de reparar "quantas cachaças" alguém tomou, ou "quantos tombos levou", procure ver quantos sorrisos o tal carro antigo (essa "cachaça") proporciona para ele/ela.

Nota: este post eu dedico àqueles que, como eu

domingo, 23 de outubro de 2011

O encontro Hot Style 2011 - fotos

Como prometido, coloco as fotos que tirei no evento Hot Style 2011, realizado este fim de semana no Ginásio Poliesportivo de São Bernardo do Campo. Tive a impressão que no sábado estava mais legal que no domingo, mas ainda assim foi um bom encontro, com bandas tocando, carros legais, peças, camisetas e outros objetos da cultura custom (procure por kustom kulture no Google e entenda do que se trata, caso não saiba). O mais bacana de tudo no encontro - respeito. Se vc estava a pé, de Fusca, Harley-Davidson 883 ou Mustang GT 68, tanto faz; e se vc tem tatuagens, um corte de cabelo diferente e gosta de ser diferente, tudo bem também. Todos se respeitaram e se divertiram. Foi legal ver que aqui estamos cada vez mais com carros interessantes construídos aqui com motores V8 e V6 mais modernos, além de outros motores mais comuns, e também de notar na qualidade das restaurações de hoje. Fiquei bem surpreso de ver um Willys Interlagos - carro bem raro de ver por aí - dois Gordinis, uma réplica bem fiel de um Romi-Isetta, vários Ford A, mas não ter visto nenhum DKW, Vemaguete, nem Simca Chambord. Também foram poucos Dodge vistos por lá. Fica aquele gostinho de que tenha outro evento destes em breve, e não só daqui há um ano (seria muito legal se fosse um para cada estação do ano...), mas fico bem feliz que este tenha se realizado. Então, vamos para as fotos!














Melhorando um pouco a cada dia

Bom dia, pessoal!

Ontem fui ao encontro Hot Style e hoje (Domingo 23/10/2011) pretendo voltar lá. Depois eu escrevo melhor sobre este evento tão bacana que está acontecendo este fim de semana - faça um esforço e vá visitar tal evento. Maiores detalhes na página www.hotrodbrasil.com.br .

Mas enquanto isso, tem algumas coisas legais para relatar: a primeira é que a funilaria da Manuela está progredindo. Esta foto é de 10 dias atrás, já que infelizmente não tive tempo de visitá-la ao longo desta semana, mas mostra que ela já foi subtraída do assoalho quase podre, a caixa de ar mais-que-podre foi trocada pela nova, e que os suportes de macaco que estavam nela (que eram meramente ilustrativos dada a condição deles) também foram trocados pelos novos. Como faltaram algumas peças, ainda não havia sido possível instalar o assoalho novo, mas acho que até o fim desta semana ele deva estar lá... pelo menos é o que eu espero. De qualquer forma, ela vai evoluindo satisfatoriamente, passo a passo.

Este monte de peças e óleo na mesinha são as peças que o Irineu vai receber ao longo desta semana. Antes disso, ele ganhou uma bateria nova, mas ainda precisa de um alternador "novo" (ou seja, um usado em bom estado" porque o dele decidiu que era hora de se aposentar e não está carregando nada. E também preciso fazer uma modificação na caixa de bateria dele, pois o cabo do terminal positivo da bateria fica encostado na chapa, o que é perigoso por demais da conta. Ninguém quer um churrasco de Irineu, certo?
Aqui estão na foto um retrovisor reprodução igual ao original (que vai substituir o que está nele que é de Fusca), a máquina de vidro do lado do motorista (que substitui a que estava nele, quebrada) e um rádio Motoradio 3 faixas (AM e ondas curtas 49m e 25m), que pretendo instalar entre hoje e quarta-feira, se assim os compromissos de trabalho permitirem. Alguns perguntam: "por que um rádio AM?". Vejam a foto de um painel de Gordini (abaixo) e reflitam: ia combinar colocar QUALQUER outro rádio que não fosse um de época? Além do mais, o Irineu como um "senhor de certa idade" prefere ouvir às notícias da Bandeirantes AM e quando puder, matar a saudade do Rio Grande do Sul ouvindo à Rádio Guaíba em Ondas Curtas do que ficar aturando "essas músicas da juventude". Ainda tem muita coisa para instalar e consertar (como limpador de parabrisas, fechadura da tampa do motor, consertar ou trocar a chave de luzes, comprar uma chave de seta usada em bom estado etc etc etc...) mas com fé, dedicação e dando um passo a cada dia, tudo vai progredindo satisfatoriamente.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Paciência, paciência, paciência...

Hoje é um daqueles dias em que quase tudo que acontece serve para desafiar o bom senso e a paciência. Todos nós já tivemos e continuaremos tendo dias assim, e depois dele passar, fica aquela ressaca emocional como quem quer dizer "não devia ficar assim triste/irritado/puto". Pois é, neste momento eu estou assim, puto comigo mesmo, com os outros e com as coisas que acontecem ou aconteceram. Então, ao invés de ficar detalhando cada uma delas aqui e remoer tudo de novo, vou procurar o que fazer e assim, recarregar as baterias com paciência (e paciência, mais paciência e mais uma dose de paciência...).

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Presente de dia das crianças... com atraso.

A greve dos Correios acabou e finalmente chegou o "meu presente de dia das Crianças" (neste caso para mim, um pós-adolescente de apenas 36 anos...). 23 revistas 4 Rodas da década dos anos de 1960, 1961, 1962 e 1963, incluindo a nr 02, além de duas de 1974 e 1975 respectivamente.

Além da felicidade de recebê-las depois de tanto aguardar por elas, foi melhor ainda ver o ótimo estado de conservação de praticamente todas as que vieram. Folheei todas, passei a vista nas reportagens, propagandas e fotos, e no momento as guardei para, mais tarde e já em ordem numérica por edição, ler a cada uma delas pacientemente. Dentre todas, só me detive a ler integralmente o teste do Gordini em 1962, e a uma reportagem sobre uma moça paranaense de 21 anos que dirigia caminhões... em 1963!
Se vc tiver uma dessas "revistas velhas" ocupando espaço na sua casa, pode mandar para mim que aceito com um grande sorriso e a promessa que elas ficarão bem cuidadas por aqui!

sábado, 15 de outubro de 2011

Irmão maior e irmão menor... anos depois.

Foi tanto tempo sem escrever, com tantas coisas que aconteceram, que eu até me perdi no meio de tantas ideias para relatar aqui neste blog. Então, para esquentar e iluminar este fim de semana que promete ser pluviometricamente favorecido, deixo esta foto de Don e Irineu tirada esta quarta-feira de feriado. Vejam como é legal de reparar:
  1. Como Don é consideravelmente maior que Irineu (a foto só mostra a largura, mas em comprimento a proporção é bem similar).
  2. A diferença entre os estilos norte americano (Don) e francês (Irineu).
  3. O abismo de estilo e linhas que separam os dois carros, cuja fabricação foi feita apenas com seis anos de diferença. (é bem verdade que o Renault Dauphine começou a ser fabricado na França em 1956, e este modelo de Chevrolet Chevelle iniciou a fabricação em 1968).

Para variar um pouco, ao invés de só comentar, pergunto a vocês: como seria hipoteticamente a convivência entre estes dois carros em 1969 (ano do Don) ou mesmo em 1979, ano de auge da crise do petróleo, e época em que os dois eram "patinhos feios" - o Don por ter um V8 consumidor voraz de combustível e com poucos "irmãos" importados para cá para justificar a manutenção de estoque de peças por aqui, e o Irineu um veterano com reputação de carro frágil e cuja produção se encerrou em 1968 com a compra da Willys pela Ford no Brasil e com peças de reposição já haviam sumido do mercado há quase 10 anos. Vocês conseguem imaginar? Então compartilhem com todos!