Compartilhando o significado de ter um carro antigo... ou mais de um!

domingo, 27 de janeiro de 2013

Em pé por meios próprios

Parece mas não é a pick-up dos Flintstones. Nem é movida a álcool.
Esta cena ao lado não vao mais se repetir, onde um monte de tiozinhos em diversos estados de embriaguez decidem me presentar com uma foto de fim de ano com a minha querida C10. Calma, ninguém da foto morreu, muito menos a Olívia.  É que agora ela já está em condiçoes de ficar em pé por meios próprios ou seja, a suspensão dianteira está toda montada no lugar, com peças novas e devidamente ajustada. O sistema de direção também, já com caixa de direção hidráulica e coluna de direção ajustada no comprimento adequado. Agora só faltam alguns pequenos ajustes de altura da barra de direção e, pronto! Esta parte estará completa. 

Pontas de eixo, discos e pinças dos freios dianteiros, chegados do Banho de Zinco.
Quandro de suspensão dianteira e todas as peças da suspensão, após banho de Zinco e pintura a pó.
Bandejas e pontas de eixo no lugar. Só faltavam as molas e barra de direção.
Olívia com a suspensão dianteira e direção prontas.
A lista de coisas a fazer ainda é maior que a lista de tarefas concluídas, mas com tempo, dedicação e dinheiro (ah sim, o vil metal...) ela vai ficar bem legal. Entre as coisas a fazer há a suspensão traseira - fácil e rápida de fazer, e que receberá atenção quando a coroa e pinhão do diferencial forem substituídas - os freios que precisam de um servofreio e revisão completa, e daí é partir de vez para a adaptação do motor V8 e câmbio de 5 marchas (incluindo escapamento completo, o que não será barato). E olha como fica o cofre do motor já com o 350 instalado. Parece que nasceram um para o outro!
Motor V8 350 encostado no lugar onde será a nova moradia dele.
Ainda não vai parar por aí - tem que regularizar a documentação, funilaria para fazer, cromeação e polimento de alguns itens, instalação de ar condicionado, revisão elétrica completa e colocar rodas e pneus adaptados para esta nova "realidade" dela. Com bom planejamento e foco, até o final do ano ela estará pronta. Até eu inventar de fazer mais alguma coisa nela...





segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sapatos novos e um motor feliz

Após 18 anos sem grandes evoluções, o Silvestre ganhou sapatos novos, em substituição aos pneus antigos -  dois pneus dianteiros ressecados estouraram ao guinchá-lo e os outros dois traseiros foram trocados por pneus radiais juntamente com os dianteiros, já que é pouco prudente manter pneus tão antios num carro. A aparência dele melhorou bastante só com a troca dos pneus, dava para notarjá (veja as fotos abaixo e comprove):

Calçando os sapatos no Silvestre.
Uma das rodas já com os pneus 175/70 R13 calçados.

Enquanto instalávamos a coluna de direção, que havia sido retirada para ser destravada e colocar uma chave no miolo de ignição, mais detalhes curiosos eram vistos no carro - os mais interessantes foram os casulos de vespa por dentro da grade e ao lado do pisca dianteiro esquerdo. Nota-se com isso que o carro não via água há anos... também foi possível ver que só mesmo a dianteira vai precisar de funilaria, especificamente abaixo da grade do carro, que é o único lugar com podres - sintoma já existente desde os tempos em que ainda existiam concesionárias Chrysler fazendo este tipo de conserto.

Casulo de vespas por detrás da grade.
Casulo (bem pequeno) de vespas ao lado do pisca dianteiro esquerdo.
E de presente, o Silvestre decidiu retribuir. Após anos parado, sem o menor sinal de vida, o motor funcionou após encher-se a cuba do carburador com gasolina e se insistir algumas vezes na ignição. Isso por si só já seria impressionante pois não foi trocado óleo nem as velas foram limpas, mas a história fica ainda mais interessante ao se saber que o motor ficou em marcha lenta funcionou perfeitamente, sem o menor sinal de entupimento do carburador; e que além de tudo ele funcionou completamente sem água, por conta da corrosão generalizada da placa de montagem da bomba d'água e das mangueiras completamente ressecadas. Com isso, o Silvestre foi por meios próprios para o elevador da oficina, para ter uma revisão completa nos freios (está sem nada de freios) e receber todos os cuidados básicos como troca de óleo e filtros, substituição de mangueiras, troca de bombas de água e combustível e mais quaisquer outros itens para poder rodar seguramente por aí.  Logo abaixo tem um vídeo bem curto do Silvestre sendo manobrado, enquanto um amigo meu vai colocando gasolina na cuba do carburador. Uma daquelas coisas que muitos não acreditam quando contamos.
O obediente e positivo motor do Silvestre.
Silvestre no elevador.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Alegria e chateação.

Oi gente,
Hoje mando um post bem rapidinho, para atualizar as coisas e também desabafar um pouco.
O Don (Malibu) foi o veículo oficial de transporte do sogro e da sogra no aniversário de 42 anos de casados deles. Fomos jantar na Cantina Speranza em Moema (bairro de São Paulo) todos os 5 no Don e ele se comportou de maneira exemplar, sendo também o centro das atenções naquela gostosa noite de quinta-feira.  Ótima experiência para todos, com todos saindo do carro sorrindo.
Mas hoje... vi que o Toninho ganhou uma raspada no para-lamas dianteiro esquerdo, quase que certamente do vizinho de vaga no prédio onde ele está guardado - afinal os riscos são prata e o carro vizinho de vaga - mesmo que sem riscos - também é prata. Felizmente não amassou nenhum friso, mas isso me deixou bem irritado e chateado, pois além do dano à pintura, não tinha UM bilhetinho sequer pedindo desculpas e se oferecendo a cobrir a despesa de polimento/repintura. Acidentes acontecem, mas isso é pura falta de civilidade. Que saco! Por essas e outras é que eu sigo com a ideia de um terreno para ter todos os carros mais perto de mim, e num lugar mais seguro contra este tipo de coisa (ou piores). Bom, pelo menos é coisa fácil de consertar. Amanhã eu escrevo mais, sobre mais novidades.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Sai um, entra outro.

Bom dia, amigos! Feliz 2013, mesmo que com atraso. E para não perder tempo, vamos ao assunto do post - dois carros mudaram de dono na última semana de 2012.
Berçário do Silvestre.
No dia 26 de Dezembro de 2012 o Puma GTB mudou de mãos - saiu do acervo pessoal deste que escreve para um novo lar. O Sr Jorge e sua filha Sara vieram ver o carro, gostaram, acertaram o preço e levaram ele para sua nova residência em Campinas. Este foi o típico bom negócio para todos - para o Sr Jorge que satisfez um gosto de muito tempo e que, por um preço justo, vai ter um carro para cuidar e desfrutar, e para mim que o vendi pelo valor correto e para uma pessoa que vai dar a atenção que um Puma GTB merece. É só ver o meu post "Puma GTB - um carro de comportamento selvagem" para recordar que este é um carro ciumento, não gostando de dividir atenção com outros colegas de garagem de mesma idade. Boa sorte para o Sr Jorge (além de muita saúde e sucesso no tratamento médico em que está passando)! E ao Puma, agradeço pelos momentos felizes e os nem tanto (vieram as experiências do que fazer e não fazer), e que ele seja feliz no novo endereço.

Eu, Sara e o Puma GTB no ato da venda.
Puma GTB, eu e um feliz Sr Jorge, novo proprietário do Puma, no ato do fechamento do negócio.

E como ideia de jerico é como parente chupim ou seja, chega de repente e demora para sair, sucumbi à tentação e trouxe o Dodge 1800 para a família. O Silvestre chegou no dia 28 de dezembro de 2012 num guincho, e trazendo com ele uma tonelada de sujeira, uma coluna de direção travada e dois pneus dianteiros estourados por ressecamento. Para compensar os "extras", os documentos estão bem guardados - tão bem guardados que ninguém sabe onde estão e este vai ser um desafio e tanto para acertar papelada dele. As chaves dele devem estar junto com os documentos, então a coluna precisou ser removida para qe um chaveiro pudesse fazer o desbloqueio e depois uma cópia da chave.

Silvestre, seja bem vindo à família!
O porta-malas, devidamente aberto com uma chave de fenda que arrancou o miolo de chave já quebrado, revelou um interior bem íntegro, lixarada de dar medo, e também outras boas surpresas como o estepe com pneu originais, tapete do porta-malas original, conjunto macaco, chave de roda e triângulo originais do carro, uma peça ou outra com embalagem de época, além de um pacote vazio de cigarro Galaxy e uma garrafa d'água completamente ressecada. Uma ótima surpresa foi também não ter encontrado nenhuma barata ou rato dentro do carro - e olha que a possibilidade era grande. O objeto mais novo encontrado no porta-malas dá uma ideia de quando ele deve ter trafegado pela última vez - Junho de 1994 ou seja, quase 19 anos sem passear pelas ruas. Sorte a dele, pois poderia muito bem ter virado transporte de escada de pintura, depois ter o teto cortado para carregar papelão e por fim acabar seus tempos engolido por uma panela em uma aciaria qualquer.


Porta-malas do Silvestre. Imundo, mas praticamente novo.

Silvestre com o capô aberto expondo a "usina de força". Vejam ao fundo a Olívia, que assiste a tudo imóvel, esperando a montagem da suspensão dianteira.
Há relativamente pouca coisa para fazer no Silvestre para que ele volte à vida em plena capacidade, mas o passo vai ter que ser meio devagar. Afinal, tem outros carros para dar atenção (como o Don, que ainda tem coisas a fazer, a Olívia que está numa mega-cirurgia e o pobrezinho do Irineu que vai precisar de uma restauração grande) e se ele ficou mais de 18 anos sem uso frequente, ele pode certamente esperar um pouquinho até que o porquinho volte a ficar mais cheio de moedas, um dos carros fique mais próximo do "pronto", e assim receber mais atenção. Isso e eu aguentar vê-lo quieto...