O primeiro passo é a avaliação do carro, para definir e listar o que precisa ser feito. Observe e dirija o carro (quando possível) para ter noção do que está bom, o que está razoável e o que precisa de serviço urgente. Isso é fundamental para que você evite gastar dinheiro logo de início em coisas que são menos prioritárias e façam a restauração ficar mais demorada e cara. Além disso, dê preferência por trabalhos que podem ser feitos rapidamente, para que você veja o projeto progredindo e também consiga aprimorar suas habilidades. Importante: não desmonte o carro sem saber exatamente o que vai fazer, nem desmonte tudo para depois mexer em tudo e montar de volta. As chances de seu carro virar um monte de peças a ser vendido por menos do que você gastou são muito grandes.
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Desmontar é fácil. E para montar de volta? (crédito: Garagem do Fusca) |
Não há uma sequência fixa, mudando de acordo com o tipo de carro e extensão do projeto, mas a que funcionou melhor até agora é a seguinte:
- Documentação
- Mecânica geral (motor, câmbio, diferencial, suspensões)
- Funilaria
- Pintura
- Eletricidade
- Vidros
- Tapeçaria
- Cromeação
- Ajustes e retoques (funilaria e pintura)
Sem entrar em maiores detalhes sobre as demais etapas, é mais importante que você faça uma boa pesquisa sobre quem vai realizar cada um dos serviços descritos acima. Se dinheiro não for limitante, há oficinas que tomam conta de tudo e te entregam o carro pronto e brilhando, mas isso está muito longe de ser barato. Se você gosta de fazer algum desses trabalhos ou acredita ter habilidade para algum deles, escolha um deles para se dedicar e faça com todo o esmero do mundo, gastando o tempo que lhe for necessário para fazer de maneira decente. Se algo começar a dar errado mais de duas vezes, faça uma pausa e vá pesquisar depois o que aconteceu - fazer essas coisas com a cabeça quente ou com pressa geralmente resultam em frustração. Além disso, há muitos tutoriais na internet que mostram como fazer determinados serviços, que acabam sendo muito úteis para amadores como nós.
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Bolhas de ferrugem que apareceram na Manuela, após 18 meses de funilaria e pintura prontos. Um exemplo de retrabalho comum. |
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Cápsula espacial Vostok 1, de 1961 (fonte: dafufsm.blogspot.com) |
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