A vida segue, como e onde quer que estejamos. E enquanto sigo nesta estadia berlinense, a Wilma prosseguiu em processo de ressurreição - digo isso ao invés de restauração pois sob o aspecto econômico ela não seria um projeto viável, mas com tantas peculiaridades ela mereceu o resgate à antiga glória. Foi um ano de restauração, e que agora está na fase final de ajustes mas o resultado ficou ótimo até o momento. A foto de abertura deste post já diz bastante...
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Wilma, em processo final de montem |
As fotos abaixo mostram como nos vimos pela primeira vez. Judiada, mas ainda em pé, parecia pedir que alguém a adotasse. Pois foi aquele bagageiro o que me cativou...
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A "carinha de dó" de Wilma. |
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Wilma em outro ângulo. |
Besta foto dá para ver que tudo embaixo dela foi restaurado ou substituído. O assoalho estava em ótimo estado, e a pintura ficou tão bonita que chegou a dar dó de pensar que esse trabalho não ficaria exposto...
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Suspensões, diferencial, freios... tudo revisado ou substituído conforme a necessidade. |
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Espelho dos freios devidamente galvanizado, bandejas e elementos da suspensão gabaritados e pintados a pó, terminais substituídos... um carro novo, de novo. |
O motor dela, barulhento que estava, foi aberto e acabou por ser todo retificado já que não tinha apenas "uma folguinha aqui e um vazamento ali". Com isso, já se aproveitou e fez-se a pintura e galvanização de todas as peças de acordo com o padrão GM da época. O câmbio automático (TH-180) também foi aberto e todo revisado, com troca de kit e revisão do conversor de torque - afinal, se depois de anos de tratamento negligenciado, nada mais justo que deixá-lo à altura do restante do carro.
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Motor da Wilma, cansado mas ainda trabalhando, recebeu o tratamento devido. |
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Peças pintadas, galvanizadas... |
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... e motor retificado, pintado com a cor original. |
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Motor no lugar, com todos os acessórios. |
Outras peças também receberam galvanização - além dos parachoques e respectivas garras, todas as peças que eram galvanizadas durante a fabricação do carro receberam novamente este tratamento. E também houve um cuidado em não se "superrestaurar", mantendo as próprias falhas de acabamento que a GM tinha à época, como o espirro de tinta preta nos suportes de radiador, sobre a pintura do carro.
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A montagem seguiu dando forma à Caravan. |
Emblemas e outros detalhes foram dando mais vida a ela conforme eram montados.
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Visor de marcha do câmbio automático, que fica sobre a coluna de direção. |
Neste momento, o interior já está todo montado e faltam pequenos (mas importantes) detalhes para serem concluídos, como a instalação dos farois de milha e de neblina, completar a revisão elétrica, e ajustar o motor e a suspensão. Gostaria de tê-la visto pronta e poder dirigí-la já sem nenhum ajuste a fazer; no entanto a experiência mostra que é melhor conviver com o atraso do que com o trabalho mal feito, portanto deixo para vê-la (e dirigí-la) para a próxima vez eu retornar ao Brasil, o que será assunto para outro post. Aproveito e deixo o meu imenso agradecimento ao meu sobrinho, Felipe, por ter coordenado este trabalho junto aos ótimos profissionais Kot (funilaria, pintura, estofamento e elétrica) e Fernando (mecânica), a quem também agradeço pelo trabalho até o momento.
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Aqui está ela, quase pronta. Esta senhora está ficando linda... |
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